A política social brasileira representa um marco importante na queda da desigualdade social no país, independentemente da conjuntura econômica. É o que revelam dados apresentados pelo Ministério da Fazenda, durante o V Fórum Ministerial de Desenvolvimento, que reúne até esta quinta-feira (31.05), em Brasília, representantes de cerca de 30 países da América Latina, África e Caribe.
Presidenta Dilma Rousseff durante visita ao Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns. (Taboão da Serra – SP, 18/05/2012) Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“O índice de pobreza representava 30% da população e hoje chega a 9%”, ressaltou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland de Brito, destacando que essa redução ocorreu em uma década. Além disso, acrescentou, o país tem um “índice de desemprego invejável, considerado histórico, que está abaixo de 6%”. Brito destacou que a Fazenda trabalha em conjunto com dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e de outras pastas.
O Fórum Ministerial é realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o MDS. Esta é a primeira vez que o evento acontece fora de Nova York, sede da ONU. Ao abrir o fórum, na terça-feira (29.05), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse que superação da miséria exige ações de transferência de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos.
Ela defendeu um modelo de crescimento econômico com sustentabilidade ambiental e combate à pobreza. “Só é possível construir um país forte com uma agenda social com ações integradas em todos os ministérios”, disse Tereza Campello. O desafio da superação da fome no Brasil, acrescentou a ministra, inclui o fortalecimento da transferência de renda, de ações de inclusão produtiva, assistência social e de capacitação.
A secretária-geral adjunta da ONU e administradora do Pnud, Helen Clark, apoiou o discurso da ministra. E enfatizou que espera sair de Brasília com propostas de políticas que possam ajudar outros países a combater a fome e a pobreza. “O sucesso do Brasil quanto à redução da pobreza e desigualdade oferece soluções para vários países”, disse.
Para o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a realização do encontro em Brasília “é um reconhecimento que os países do Sul oferecem soluções inovadoras”. De acordo com ele, o Brasil foi escolhido para sediar o fórum pelo protagonismo de políticas sociais que estão reduzindo a pobreza e desigualdade em tempos de crise.
Rio+20
A representante do Pnud assinalou ainda que pressões ambientais fortalecem a luta contra a pobreza e o aquecimento global e a favor da expansão do saneamento e do acesso à água. Para ela, esses temas precisam ser tratados durante a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro em junho, para que as metas dos Objetivos do Milênio sejam alcançadas em 2015.
Entre as experiências positivas de desenvolvimento sustentável, que alia combate à pobreza e respeito ao meio ambiente, Helen Clark citou o Bolsa Verde do Brasil, a Rede de Segurança Produtiva da Etiópia e a Lei de Garantia de Emprego Rural da Índia. “São exemplos como esses que determinam políticas de redução da pobreza que se espera que sejam propostos na Rio+20.”
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